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Covid: estudo aponta que contaminação pela Ômicron em janeiro não protege contra versão que circula agora no Brasil

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Covid: estudo aponta que contaminação pela Ômicron em janeiro não protege contra versão que circula agora no Brasil

Segundo estudo, as subvariantes que se tornam prevalentes no país conseguem escapar da imunidade induzida pela BA.1

Por Da Redação
Covid: estudo aponta que contaminação pela Ômicron em janeiro não protege contra versão que circula agora no Brasil
Foto: Pexels

De acordo com um estudo de pesquisadores da Universidade Peking, de Pequim, na China, publicado na última sexta-feira (17) na revista científica Nature, os anticorpos gerados pela infecção com a versão original da Ômicron – BA.1, responsável pela onda da Covid-19 em janeiro – não protegem contra as subvariantes BA.4 e BA.5, que se tornam prevalentes no Brasil.

A partir de uma análise realizada pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), com dados dos laboratórios Dasa e DB Molecular, a proporção de casos prováveis da BA.4 e BA.5 no país passou de 10,4% para 44%. As demais amostras são da sublinhagem BA.2. Ao mesmo tempo, a positividade da Covid-19 – percentual dos testes com resultado positivo – subiu de 23,6% para 42,3%.

O ITps alertou que o impacto das versões atuais da doença tendem a ser inferiores aos da onda de janeiro, provocada pela BA.1, devido à cobertura vacinal, que ainda espera-se que proteja contra as formas mais graves da Covid-19.

Além da habilidade das novas subvariantes para escapar da imunidade, outro motivo para a alta taxa de reinfecção é a a própria resposta gerada pela BA.1. Segundo um estudo conduzido por pesquisadores da Imperial College em Londres, na Inglaterra, publicado na revista Science, a infecção por Ômicron forneceu um impulso imunológico contra variantes anteriores (Alfa, Beta, Gamma, Delta e a cepa ancestral original), mas pouca eficácia contra a própria Ômicron.

Reinfecção pela BA.4 e BA.5

O novo estudo analisou a resposta dos anticorpos gerados pela BA.1, com e sem vacinação, para combater a BA.4, BA.5 e a BA.2.12.1. A partir disto, foi constatado que as mutações presentes nas novas subvariantes conseguem escapar da proteção e, portanto, provocar novas infecções.

“Ao contrário de quando a Ômicron apareceu pela primeira vez, agora as sublinhagens da Ômicron podem ter como alvo a imunidade humoral induzida pela própria Ômicron, como a infecção pós-vacinação. (...) Esses fenômenos representam um grande desafio para a imunidade coletiva atualmente estabelecida através da vacinação e da infecção pela BA.1 e BA.2. Da mesma forma, também sugerem que a vacina baseada na Ômicron BA.1 (atualmente em desenvolvimento pela Pfizer e pela Moderna) pode não ser o antígeno ideal para induzir proteção de amplo espectro contra as sublinhagens emergentes da Ômicron”, escreveram os pesquisadores chineses.

Infecção mais sintomática

Dados preliminares de um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Tóquio, no Japão, ainda não revisado por pares, mostram que as subvariantes BA.4, BA.5 e BA.2.12.1 podem ter recuperado a capacidade de infectar células do pulmão, tornando-as mais patogênicas e semelhantes às variantes iniciais da Covid-19, como a Delta.

Os cientistas consideram que a BA.1 e a BA.2 – subvariantes iniciais da Ômicron – provocam um quadro mais leve por infectar as vias respiratórias superiores, em vez do pulmão. Os resultados do estudo japonês indicam que a BA.4 e BA.5 podem não ter mais esse comportamento e gerar quadros mais severos de sintomas.

No entanto, os especialistas ressaltam que a vacinação ainda é capaz de prevenir os casos mais graves e os óbitos pela doença

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