Covid: pílulas de tratamento para o vírus chegam ao Brasil, mas uso ainda é tímido
Primeiras unidades do remédio da Pfizer chegaram ao Brasil em setembro do ano passado

Foto: Freepik
As pílulas antivirais que impedem a piora da infecção pelo coronavírus finalmente chegaram ao Brasil. As primeiras unidades do remédio da Pfizer chegaram ao Brasil, discretamente, em setembro do ano passado.
Trata-se de um lote de 50 mil tratamentos encomendados pelo Ministério da Saúde para suprir a demanda de todo o país.
A aterrissagem, contudo, se deu em posição bem mais discreta do que se imaginava meses atrás. Isso porque antes de entrarem no Sistema Único de Saúde (SUS) e nas farmácias esses medicamentos passaram por entraves regulatórios que se estenderam meses a fio, deixando o Brasil por último na fila de recebimento de doses.
Para se ter uma ideia do tempo que levaram as negociações, a pílula da Pfizer foi autorizada emergencialmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2022 e a da MSD recebeu o mesmo aval em maio.
O outro antiviral também liberado no Brasil é o da MSD (internacionalmente conhecida como Merck). Até agora, a pílula não chegou ao paciente brasileiro, mas após uma série de entraves logísticos deve, ainda neste mês, chegar às farmácias do país em um reparte reduzido e inicial de mil tratamentos, que já estão no Brasil.
Globalmente as duas pílulas são majoritariamente indicadas aos pacientes com algum indicativo de que a doença poderá ter uma progressão para casos graves e devem ser tomadas no início da infecção — o que, inclusive, dificulta a prescrição em alguns casos, já pontuaram autoridades de saúde internacionais.