CPI aprova acareação entre Onyx Lorenzoni e o deputado Luis Miranda
Pedido acontece após o senador ressaltar algumas contradições do ministro

Foto: Agência Brasil
A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (11) a realização de uma acareação entre o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni. A técnica jurídica consiste em apurar a verdade no depoimento ou declaração das testemunhas e das partes.
A data prevista para acontecer a acareação é no dia 18 deste mês. É "necessário que a CPI proceda à acareação entre ambos a fim de chegar à verdade dos fatos e encaminhar a responsabilização dos agentes culpados pelas mais de 565 mil mortes pela pandemia da covid-19 no país", diz parte do documento assinada pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O pedido acontece após o senador ressaltar algumas contradições que envolvem diferentes versões apresentadas sobre o processo de importação da vacina indiana Covaxin. "Ficaram evidentes diversas contradições em suas versões sobre os fatos, notadamente os relacionados às invoices do caso covaxin", continua.
Confira a justificativa:
Após as manifestações dos Senhores Onyx Lorenzoni e Luis Miranda ficaram evidentes diversas contradições em suas versões sobre os fatos notadamente os relacionados às invoices do caso covaxin. De acordo com Miranda, seriam três versões enviadas à negociação. A primeira conteria 300 mil unidades por US$ 45 milhões e pagamento antecipado, enviado em 18 de março. Na segunda seriam 3 milhões de unidades e pagamento antecipado, em 19 de março. A terceira proposta seria a segunda, mas sem necessidade de pagamento antecipado.
Os irmãos Miranda encontraram-se com o presidente Jair Bolsonaro em 20 de março, quando teria sido apresentada a primeira versão do documento. Em coletiva de imprensa, Onyx Lorenzoni exibiu a primeira versão do documento para argumentar que seria diferente do documento apresentado por Miranda, que seria
a terceira proposta de compra. A Precisa Medicamentos, responsável pela importação da vacina indiana covaxin, também contrariou a versão apresentada pelo ministro Onyx Lorenzoni sobre a compra do imunizante. Em entrevista ao jornal O Globo, a empresa afirmou que enviou três propostas ao governo para fechar acordo com o Ministério da Saúde.