Justiça de SP libera outros dois acusados de incendiar estátua de Borba Gato
Três suspeitos respondem por associação criminosa e adulteração de placa do veículo

Foto: Reprodução/Twitter
A Justiça de São Paulo liberou três acusados de incendiar a estátua de Borba Gato, em Santo Amaro, zona sul da capital paulista, no dia 24 de julho. O juiz da 5º Vara Criminal, Eduardo Pereira Santos Júnior, determinou a revogação da prisão preventiva dos sujeitos. Eles deixaram a prisão na noite da última terça-feira (10).
O magistrado também aceitou a denúncia contra o trio por incêndio, associação criminosa e adulteração da placa do veículo usado na ação. Paulo Roberto Lima foi preso no dia 28 de julho, quando se entregou à polícia após ser identificado nas investigações.
Os policiais chegaram até ele após localizar o caminhão usado para o transporte dos pneus e o motorista Thiago Zem. Ele chegou a ser detido na madrugada do dia seguinte à ação, mas acabou sendo liberado em seguida.
O motorista de aplicativo Danilo Oliveira também tinha se apresentado como um dos participantes do incêndio junto com Lima, mas não foi preso na ocasião. O advogado André Lozano, um dos que defende Oliveira e Lima, disse à Agência Brasil que a revogação da prisão "desfez uma arbitrariedade", porque não havia razões para a medida.
Caso
No dia 24 de julho, conforme informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo e imagens divulgadas nas redes sociais, um grupo de pessoas cercou o monumento com pneus e ateou fogo. A ação foi reivindicada pelo grupo Revolução Periférica. Em publicações nas redes sociais, o movimento questiona a homenagem ao bandeirante Borba Gato devido a participação, no século 17, na perseguição a negros e povos indígenas.