CPI da Covid: Justiça determina condução coercitiva para Marcos Tolentino
Tolentino é apontado como sócio oculto do FIB Bank, empresa que deu carta de fiança irregular para compra da vacina Covaxin

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A Justiça Federal de Brasília determinou a condução coercitiva do empresário Marcos Tolentino para depor na CPI da Covid, caso ele não compareça espontaneamente. Seu depoimento foi remarcado para esta terça-feira, após ele ter afirmado na primeira data que teve problemas de saúde.
Tolentino é apontado como sócio oculto do FIB Bank, empresa que forneceu carta de fiança irregular para aquisição da vacina indiana Covaxin pela Precisa Medicamentos. O contrato entre a Precisa e o governo foi interrompido após a CPI denunciar uma série de suspeitas de fraudes e irregularidades.
No fim de agosto, Tolentino não se apresentou na data prevista inicialmente para seu depoimento após ser internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Conforme o atestado apresentado por ele, o empresário teria tido formigamentos no corpo.
Segundo o juiz federal Francisco Codevila, que assinou a autorização da intimação e eventual condução coercitiva na noite deste domingo, "a postura da testemunha de não comunicar a CPI o motivo que levou a sua ausência na data para a qual anteriormente convocada a depor, se revelou como evasiva e não justificada".
"Nesse caso, se, regularmente intimada, a testemunha deixa de comparecer sem motivo justificado, a teor do art. 218 do CPP, poderá ser requisitada à autoridade policial a apresentação da testemunha ou sua condução por oficial de justiça, com o auxílio da força pública", decidiu o magistrado.