A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia voltou novamente a atenção para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na última quinta-feira (16), em coletiva, o ministro anunciou a suspensão da vacinação de adolescentes contra o novo coronavírus. Logo depois da decisão, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou requerimento de convocação do titular da pasta. Queiroga, no entanto, já foi interrogado pela comissão outras duas vezes. 

A ideia de um novo depoimento do ministro também é defendida pelo vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). De acordo com o portal Jovem Pan,a definição sobre marcar ou não o novo depoimento deve ocorrer em uma reunião do grupo majoritário da CPI, o G7, na próxima segunda-feira (20).

Anteriormente, a comissão já havia requisitado que o Ministério da Saúde explicasse, em um prazo de 48 horas, quais fundamentos científicos embasaram a decisão. O requerimento foi apresentado por Randolfe Rodrigues e aprovado pelo colegiado. De acordo com a nota informativa da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, órgão da pasta, uma das razões que pautou a decisão é o fato de a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomendar a imunização de crianças e adolescentes.

Contudo, a OMS diz apenas que a vacinação desta faixa etária não é prioritária. A decisão de Queiroga foi criticada e gerou repercussão imediata. Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que não há evidências que sustentem mudanças nas recomendações previstas para uso da vacina da Pfizer em adolescentes. Segundo a agência reguladora, os dados disponíveis sobre a morte de uma adolescente de 16 anos, do estado de São Paulo, após o uso do imunizante não são suficientes para estabelecer que a vacina tenha causado o óbito.