Defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras tem 132 das 171 assinaturas necessárias para a instauração. O pedido para criar a investigação foi protocolado pelo PL e apoiado pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

A ideia é vista com desconfiança pela cúpula da Câmara por não gerar efeitos imediatos, por não haver tempo de fazer uma CPI antes do recesso que vai até a eleição e pelo medo de a investigação ser capturada pela oposição. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou a possibilidade de instalação da CPI: “Não tem a mínima razoabilidade''.

Em reunião de líderes na última segunda-feira (20), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse aos presentes que o governo não apoiará medidas intervencionistas para alterar a política de preços dos combustíveis e prefere agora levar adiante uma CPI. Altineu Cortês (RJ), líder do PL, entrou com o pedido de CPI na terça-feira (21). Ele foi endossado por Ricardo Barros. Antes, o líder do governo havia pedido cautela para que os governistas não assinassem pedidos encabeçados pela oposição. Agora, ele disse apoiar o requerimento.