CPI: Diretora da Precisa diz que envio da invoices aconteceu apenas no dia 22 de março
Emanuela afirmou que não foi "detalhista na questão das datas" no debate no Senado em março

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A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, afirmou à CPI da Covid nesta quarta-feira (14), que a primeira comunicação sobre o envio da invoices (faturas para importação de produtos) ao Ministério da Saúde para o contrato da compra da vacina Covaxin pelo governo, se deu apenas no dia 22 de março.
Naquela semana, antes de estourarem denúncias de supostas irregularidades no contrato, ela afirmou em debate virtual promovido pelo Senado sobre vacinas que havia enviado invoices no dia 18 de março.
A data é a mesma apontada pelo denunciante Luis Ricardo Miranda, que é chefe da divisão de importação no Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Miranda afirmou ao Ministério Público Federal ter sofrido "pressão anormal" para liberar a importação da vacina.
O imunizante é o mais caro entre os negociados pelo governo federal, e o contrato de R$ 1,6 bilhão já foi suspenso pelo governo.
Emanuela afirmou que não foi "detalhista na questão das datas" no debate no Senado em março. Ela desafiou Luis Ricardo Miranda e o consultor do Ministério da Saúde Willian Amorim Santana, que também aponta o dia 18 como data de envio da invoice, a provarem que ela está mentindo. Sugeriu ainda que seja feita uma acareação. "Desafio Willian Amorim e Luis Ricardo a provarem que receberam no dia 18 porque não vão conseguir".