CPI reage à ausência de advogado e aprova requerimento para condução coercitiva
Marconny Albernaz de Faria não compareceu à comissão para prestar depoimento
Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia aprovaram nesta quinta-feira (2), em sessão, um requerimento para condução coercitiva do advogado Marconny Albernaz de Faria. Além disso, o documento determina a retenção do passaporte de Faria por 30 dias pela Polícia Federal (PF).
O advogado é apontado como suposto lobista da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou o contrato com o Ministério da Saúde para compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, suspenso após denúncias de irregularidades trazidas pela CPI. Pelo requerimento, ele também não poderá se deslocar da comarca onde reside sem prévia autorização da comissão e deverá indicar à comissão telefone e endereço eletrônico para ser contatado.
Nesta quinta-feira, Marconny de Faria não compareceu à comissão para prestar depoimento. Segundo o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), a secretaria da comissão encaminhará ofício ao Ministério Público Federal para conhecimento dos fatos e adoção das providências cabíveis. Além disso, tudo será encaminhado à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia.
Com a ausência de Marconny de Faria e já na reta final dos trabalhos, a cúpula da CPI decidiu antecipar para hoje o depoimento do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo, que seria na sexta-feira(3).
Araújo foi preso em agosto do ano passado, período em que comandava a pasta, no âmbito da Operação Falso Negativo, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A investigação apura fraudes na compra de testes para detectar a covid vendidos pela Precisa. Após três meses detido, Francisco Araújo foi solto e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.