CPMI cobra explicações do Governo Federal sobre suposta fraude em anúncios

Entre os beneficiados, estão divulgadores de noticias falsas e site pornográficos

Por Da Redação
Ás

CPMI cobra explicações do Governo Federal sobre suposta fraude em anúncios

Foto: Reprodução/Internet

Com o aumento nos indícios de uso inapropriado de dinheiro público, o governo terá de explicar a destinação de verbas publicitárias a sites que veiculam notícias falsas. Relatório produzido por consultores legislativos, a pedido da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News, aponta que a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) bancou anúncios em portais e canais do YouTube que espalham informações fraudulentas e até em aplicativos com conteúdo pornográfico. 

“Um grande número de canais que veicularam publicidade do governo federal é composto por meios de baixa qualidade, que se dedicam a difundir notícias sobre jogos de azar ilegais, a desrespeitar os direitos de autor ou de transmissão, a veicular notícias falsas, a anunciar investimentos ilegais ou a difundir conteúdo pornográfico, entre outros”, diz o relatório.

Os consultores tiveram acesso a informações de 47 milhões de anúncios exibidos entre 6 de junho e 13 de julho de 2019. O site que mais recebeu publicidade foi o portal Resultados Jogo do Bicho, que, como o nome sugere, divulga atividade ilegal no Brasil.  Os anúncios do governo foram exibidos no portal 319 mil vezes no período. No total, o governo bancou 653,4 mil anúncios em 47 sites de fake news.

O que mais recebeu dinheiro, com 66.431 peças publicitárias veiculadas em pouco mais de um mês, foi o portal Sempre Questione, que publica conteúdos falsos variados, como textos sobre múmias alienígenas e existência de portais para o inferno. Entre os sites que os integrantes da CPMI apontam como veiculadores de notícias fraudulentas o Jornal da Cidade Online, o Terça Livre, a Folha do Brasil e o Diário do Centro do Mundo.

 

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