CPMI do INSS convida ministros de Lula e ex-secretário de Bolsonaro
Comissão aprovou ainda convocação de empresários e dirigentes suspeitos de fraudes na autarquia

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou nesta quinta-feira (18) para convidar para depoimentos no colegiado o advogado-geral da União, Jorge Messias, o controlador-geral da União, Vinicius de Carvalho, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.
Também teve o convite aprovado, o ex-secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, que ocupou o cargo ao longo do governo de Jair Bolsonaro (PL). Na gestão anterior, Bianco também foi advogado-geral da União, entre 2021 e 2022.
De início, os pedidos aprovados eram de convocações, de presença obrigatória, mas foram convertidos em convites por acordo entre os parlamentares.
A comissão aprovou ainda as convocações de empresários, presidentes e dirigentes de associações suspeitas de fazer descontos ilegais nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.
Outro requerimento aprovado pede ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, a lista de senadores e deputados "implicados" na Operação sem Desconto ou que sejam investigados por descontos indevidos em benefícios previdenciários.
Oitiva de advogado
Nesta quinta-feira (18), o advogado Nelson Willians também depõe na CPMI. Ele foi alvo de buscas e apreensões nesta sexta-feira (12), em São Paulo. A PF solicitou a prisão do advogado, mas o pedido não foi autorizado pelo STF.
Na comissão, Nelson negou ter qualquer relação com o esquema de fraudes do INSS. Porém, o advogado admitiu conhecer e ter relação de amizade com Maurício Camisotti, empresário investigado e preso na sexta-feira pela PF.
A CPMI também deverá ouvir a esposa e sócios do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, também conhecido como "Careca do INSS".