Crianças que vivem em zonas urbanas crescem mais em relação às que moram em ambientes rurais, diz estudo
Levantamento foi publicado na revista científica Nature

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Crianças criadas em zonas rurais são mais baixas do que aquelas que vivem em ambiente urbano. É o que revela um novo estudo publicado na revista científica Nature. As meninas criadas na cidade são cerca de 1 centímetro mais altas do que as que passaram seus primeiros anos de vida na área rural. No caso dos meninos, a diferença chega a quase 2 centímetros.
Além do crescimento, também há diferenças na massa corpórea de crianças criadas nos dois contextos. Aquelas da zona rural pesam, em média, até dois quilos a menos do que meninas e meninos criados em ambiente urbano.
Embora em ambos os casos o índice de massa corpórea (IMC) esteja dentro na normalidade, as crianças e adolescentes do campo têm um número mais próximo da subnutrição. Já nas cidades, o crescimento da obesidade infantil chama a atenção dos especialistas.
A pesquisa liderada pelo Imperial College de Londres, revelou que, por outro lado, a diferença no desenvolvimento das crianças brasileiras nos dois contextos parece estar diminuindo. Nos dados coletados em 1990, a diferença de peso e altura entre as crianças de um ambiente e outro chegava a ser o dobro da que é atualmente registrada.
No estudo, pesquisadores analisaram dados de 2,3 mil estudos e acompanharam o crescimento e o ganho de massa corpórea de 71 milhões de crianças, tomando como anos de referência 1990 e 2020, em 194 países ao redor do mundo. A redução na diferença de do desenvolvimento de crianças criadas na zona urbana e na rural foi observado em diversos países.
Contribuíram com a pesquisa 37 instituições brasileiras, especialmente universidades federais, mas também hospitais de atendimento infantil e até secretarias estaduais de saúde.