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"Criminosos de farda", desabafa soldado que denunciou tortura na PM do Distrito Federal

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"Criminosos de farda", desabafa soldado que denunciou tortura na PM do Distrito Federal

PMs acusados de torturar colega estão em presídio

Por Da Redação
"Criminosos de farda", desabafa soldado que denunciou tortura na PM do Distrito Federal
Foto: Reprodução

O policial militar denunciou ter sido torturado durante um curso de formação de Patrulhamento Tático Móvel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ele diz que as acusações, que repercutiram nos veículos de notícia na segunda-feira (29), não são para ferir a corporação, mas para denunciar "criminosos de farda". As informações são de uma entrevista concedida por Danilo Martins ao portal Metrópoles.

Durante relato, o soldado descreveu as oito horas de terror que sofreu, desde os dois primeiros minutos do curso. As agressões começaram depois que ele se recusou a desistir da formação. 

Danilo contou que, inicialmente, pensava que era uma estratégia, com o objetivo de ja causa a desistência.  “Quando eu desisti, lembro que o tenente comemorou”, disse. “Eles diziam que à noite seria pior”, relembra.

O soltado não soube dizer ao certo o que teria motivado a perseguição contra ele. “Eu já tinha um destaque, sou atleta, morei fora, escrevi livro”, comentou.

Danilo é pastor há 13 anos e, apesar de não se identificar como homem gay, já foi líder religioso em igrejas LGBTs. Aos 15 anos começou a se dedicar a jogos de futebol. Já jogou no Palmeiras, no Cruzeiro e no Atlético Goianiense. Danilo morou na Austrália e nos Estados Unidos, como jogador de futebol.

O soldado disse que, após a denúncia, recebeu comentários e mensagens de outras pessoas que também foram brutalmente agredidas no curso. “Sei que não fui o único”, contou.

Os 14 policiais militares detidos por suspeita de torturar o colega de farda do Batalhão de Choque (BPChoque) estão no presídio militar no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A informação foi dada pela PMDF na noite de segunda-feira (29).

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumpriu 14 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão contra militares do Choque. De acordo com denúncia, o soldado Danilo Martins, que faz parte do batalhão, foi agredido e humilhado para que desistisse do curso de formação do patrulhamento tático móvel do Batalhão de Choque – Patamo.

De acordo com o Ministério Público, os celulares dos militares envolvidos nas agressões foram apreendidos. O curso também foi suspenso até o encerramento das investigações, e o comandante do batalhão, Calebe Teixeira das Neves, foi afastado.

Os policiais que tiveram prisão temporária decretada são:

- 2º tenente Marco Aurélio Teixeira Feitosa;
- 2º tenente Gabriel Saraiva Dos Santos;
- ST Daniel Barboza Sinesio;
- 1º sargento Wagner Santos Silvares;
- 2º sargento Fábio De Oliveira Flor;
- 2º sargento Elder de Oliveira Arruda;
- 3º sargento Eduardo Luiz Ribeiro Da Silva;
- 3º sargento Rafael Pereira Miranda;
- 3º sargento Bruno Almeida da Silva;
-  Cabo Danilo Ferreira Lopes;
- Soldado Rodrigo Assunção Dias;
- Soldado Matheus Barros Dos Santos Souza;
- Soldado Diekson Coelho Peres;
- Capitão Reniery Santa Rosa Ulbrich. 

Em nota, a defesa de 12 dos policiais investigados informou que "em nenhum momento os referidos policiais militares foram notificados para prestarem quaisquer tipos de esclarecimentos".

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