Crise global de chips semicondutores pode ser aprofundada por novos surtos de Covid-19, diz reportagem
Cadeia global de produção tende a continuar prejudicada em 2022

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A crise mundial de chips semicondutores pode estar longe de terminar ou até mesmo piorar em um futuro próximo, caso novos surtos de Covid-19 atinjam países do continente asiático. É o que sugere uma reportagem publicada pelo The Wall Street Journal, lembrando que as campanhas de vacinação ainda estão no começo em partes da Ásia.
Além disso, essas são algumas das regiões mais importantes para a distribuição global de chips. Taiwan, por exemplo, que tem papel fundamental na indústria global de chips, está observando um aumento na quantidade de infectados e mortos desde o início de maio, com centenas de novos casos registrados todos os dias.
O surto atingiu mais de 200 trabalhadores da King Yuan Electronics, uma das maiores empresas de testagem. Mais de 2 mil funcionários foram colocados em quarentena. Com redução de operários, a companhia espera um corte de pelo menos 1/3 em sua receita somente no mês de junho.
Ao mesmo tempo em que a pandemia aumentou a busca por produtos eletrônicos como celulares e computadores para quem ficou trabalhando em casa, ela também prejudicou toda a cadeia global de produção, passando por fábricas fechando devido a surtos da doença a portos atrasando o envio de produtos para outros lugares do mundo.
Como consequência, a demanda por chips cresceu em um momento em que a oferta baixou consideravelmente. A TSMC, fabricante de processadores para Apple, Qualcomm e outras, prevêm que a falta dos componentes deve continuar em 2022. Isso sem considerar os novos surtos que venham a atrasar ainda mais a fabricação.