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Crise hídrica: sistema que gera 70% da energia do país opera abaixo da capacidade

Volume útil atual é de apenas 21,33%

Por Da Redação
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Crise hídrica: sistema que gera 70% da energia do país opera abaixo da capacidade

Foto: Getty Images

No Brasil, a crise hídrica tem comprometido a geração de energia elétrica, exigindo esforços do governo federal e aumentando as despesas do consumidor. A falta de chuva reduziu também a capacidade de produção do Sistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal subsistema do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável por cerca de 70% da geração hídrica nacional. 

A situação é preocupante, principalmente porque o volume útil atual é de apenas 21,33%. No total, o sistema reúne oito bacias, que operam 20 reservatórios, dos quais oito, o que representa 40%, estão com volume útil abaixo de 20%. Os dados, levantados pela Metrópoles, com base em informações compiladas e divulgadas pelo ONS, apontam ainda que a crise levou a contribuição das usinas hidrelétricas para geração despencar para o menor nível da história. A Usina Hidrelétrica de Itumbiara, em Goiás, por exemplo, opera com apenas 10,81% da capacidade. 

Em situação similar está a Usina Hidrelétrica Emborcação, localizada na divisa entre Goiás e Minas Gerais, que funciona com 11,48% da capacidade. As usinas hidrelétricas, em geral, operam com os níveis mais baixos dos últimos 91 anos, segundo o governo federal. A pouca água nos reservatórios afeta todos os subsistemas.

O Sistema Sul tem 27,6% da capacidade. Mesmo com nível abaixo da média, os reservatórios do Nordeste, que operam com 49,9% da capacidade de armazenamento, e do Sistema Norte, com 70,91%, têm os melhores panoramas. Atualmente, a Câmara de Regras Excepcionais para a Gestão Hidroenergética (CREG) autorizou a transferência de energia entre os reservatórios para garantir o suprimento de energia elétrica aos consumidores brasileiros.

Além disso, o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciaram na última semana aumento na tarifa e mudanças no Sistema Interligado Nacional (SIN) para garantir o abastecimento. Com isso, foi criada a “Bandeira Escassez Hídrica" que elevará para R$ 14,20 o valor da taxa extra para cada 100 kWh consumidos. A cobrança valerá de setembro deste ano até abril de 2022.

“Destaca-se que essas ações visam enfrentar o momento de escassez hídrica que se tem vivenciado e que ela está inserida dentro de um conjunto de outras medidas que visam garantir a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético no país”, informa o Ministério de Minas e Energia, em nota.

O ONS, responsável por coordenar e controlar a operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica, afirma que tem acompanhado a situação. “O ONS está tomando todas as medidas técnicas e operacionais cabíveis para manter a continuidade do atendimento ao consumidor de energia elétrica no Brasil, mesmo considerando a sensível situação hídrica”, informa, em nota.
 

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