Dados de plataforma revela que menos de 40% das doses de vacinas contra a Covid foram aplicadas

Cerca de 1,7% dos brasileiros estão parcialmente imunizados

[Dados de plataforma revela que menos de 40% das doses de vacinas contra a Covid foram aplicadas ]

FOTO: Divulgação/Governo de São Paulo

Se antes, a cobrança era para dar início à campanha nacional de imunização, agora, o país assiste à morosidade na chegada das poucas doses das vacinas contra a Covid-19 disponíveis no Brasil cheguem, de fato, aos grupos mais vulneráveis. Enquanto alguns estados zeraram seus estoques e precisaram paralisar os próximos passos, outros não chegaram a conseguir aplicar nem 20% das vacinas. No total, desde o início da imunização, em 18 de janeiro, cerca de 3,58 milhões de brasileiros receberam a primeira aplicação, uma média de 170 mil vacinados por dia.

Os dados são do "Painel Covid-19 — Estatísticas do Coronavírus", plataforma criada pelo analista de sistemas e matemático Giscard Stephanou a partir de dados oficiais das secretarias de estado e do Ministério da Saúde. Dos nove milhões de doses distribuídas, foram aplicadas menos de 40%, imunizando parcialmente cerca de 1,7% da população. Em ritmo normal de campanhas nacionais, como a vacinação contra a gripe, o país é capaz de imunizar entre 1 milhão e 1,5 milhão de pessoas em um único dia. 

Em 2019, por exemplo, o Dia D levou 5,5 milhões aos postos de saúde. Para o diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José Davi Urbaez, é possível observar com clareza que o Brasil não está vacinando no ritmo em que é capaz, mas o ponto de partida do problema é a falta de oferta. “A quantidade de imunógeno é pequena e isso tem levado a essas campanhas meio mornas”. Conforme o especialista, a situação em que o Brasil se vê no momento é reflexo de uma “política de sabotagem sistemática de tudo que representa controle da pandemia”.

Por mais que a oferta esteja aquém da necessidade do momento, Cláudio Maierovitch, médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, reforça que a falta de planejamento do governo federal culmina no atual momento. “Foi criado um clima de imprevisibilidade que poderia ter sido diferente. Todos os gestores estaduais e municipais estão muito cautelosos a ponto de terem dificuldade de se organizar, desacelerando o já prejudicado ritmo da vacinação, emitindo orientações distintas entre si”. 


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