Davi Alcolumbre afirma a Gleisi Hoffmann que pode atrasar a abertura, mas não tem como evitar a CPMI mista do INSS
Parlamentares do PT apoiam a instauração da CPMI

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), estiveram juntos para discutir a Comissão parlamentar de inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Alcolumbre disse à Hoffman que não pode evitar a abertura da CPMI. A ministra esteve na comitiva presidencial que foi ao funeral de Pepe Mujica e aproveitou para falar sobre o assunto com Alcolumbre.
O Regimento Comum do Congresso Nacional estabelece que se tiver assinaturas suficientes, ou seja, de um terço dos senadores, a CPMI será automaticamente implantada. Mas, para isso é preciso haver uma sessão conjunta do Congresso Nacional, em que o requerimento de criação é lido no começo da sessão.
Alcolumbre utilizou a "não leitura" do requerimento, como a única forma possível para postergar a sessão do Congresso, após um pedido de Hoffmann para adiar a CPMI, que está prevista para acontecer no dia 27 de maio.
Gleise não acredita que os governistas irão apoiar a instauração da CPMI. Já que na avaliação do Planalto, essa CPMI pode ter como resultado final a solicitação de uma investigação que já existe. Há também, uma preocupação de que as provas sigilosas podem atrapalhar o trabalho da Polícia Federal (PF).
Contudo, políticos do PT, acreditam que se a CPMI é irreversível e que não apoiar a instauração faz com o que o governo temesse algo.
“A oposição está começando a ficar insegura. Essa CPMI tem muito mais a revelar sobre eles do que sobre nós”, afirmou um senador do PT.
Em uma audiência com o ministro da Previdência Wolney Queiroz, o líder do PT no Senado, Rogerio Carvalho (SE), afirmaram, na última quinta-feira (15), que iria argumentar que o partido aprovasse a criação da comissão.