Decisão de acabar com a obrigatoriedade de máscaras em locais fechados é precipitada, afirmam cientistas
Segundo especialistas, idosos e crianças são os que correm maior risco em locais com altos índices de contaminação

Foto: Reprodução/R7
Após alguns governos de estados e capitais anunciarem flexibilização sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras contra a covid-19, cientistas afirmam que decisão é precipitada e apontam riscos que, pessoas mais vulneráveis, como idosos e crianças, podem correr em locais com altos índices de contaminação.
O Rio de Janeiro, primeira capital a cessar a obrigatoriedade de máscaras em locais fechados, informou a decisão na segunda-feira (7). Nesta quarta-feira (9), foi a vez do governo de São Paulo anunciar o fim da exigência do uso da proteção em espaços abertos. Pelo menos cinco estados e o Distrito Federal adotaram a medida, assim como a Prefeitura de Macapá.
A liberação do uso do item de proteção acontece no momento em que é registrado uma queda de casos e de mortes por covid-19, após o pico causado pela variante ômicron do novo coronavírus em dezembro e janeiro.
No entanto, a infectologista Joana D'Arc Gonçalves, professora da UniCEUB (Centro Universitário de Brasília), diz que a decisão de acabar com a obrigatoriedade de máscaras em locais fechados é brusca.
"Acredito que deveríamos esperar um pouco mais para ter uma maior certeza dos resultados da terceira dose. Poucas pessoas no Brasil receberam o reforço e é ele que previne contra as novas variantes", disse, em entrevista ao UOL.