Defesa de Heleno aponta equívoco em laudo do Exército e diz que Alzheimer de general foi diagnosticado em 2025

A defesa do general Augusto Heleno informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o diagnóstico de Alzheimer foi confirmado no início deste ano e não em 2018, como constou inicialmente em documentos encaminhados à Corte. A retificação foi enviada após o ministro Alexandre de Moraes solicitar laudos médicos antes de decidir sobre o pedido de transferência do militar do Comando Militar do Planalto para a prisão domiciliar. A informação é do blog Teo Cury, da CNN.

Condenado a 21 anos de prisão por participação no plano de golpe de 2022, Heleno começou a cumprir pena na última terça-feira (25). A defesa argumenta que a idade avançada do general, de 78 anos, e o quadro de saúde justificam o cumprimento da pena em casa.

Na manifestação enviada no sábado (29), o advogado Matheus Milanez afirmou que houve “equívoco” no laudo do Exército ao registrar que Heleno teria Alzheimer desde 2018. Segundo a defesa, "em nenhum momento esta defesa técnica afirmou que o Requerente possuía a doença de Alzheimer desde o ano de 2018", frisando que o único documento com essa informação é o laudo de corpo de delito feito após a prisão.

O advogado também sustenta que a confusão pode ter ocorrido porque, devido ao quadro clínico, Heleno não teria condições de relatar datas com precisão. “O que, provavelmente, deve ter sido um equívoco por parte do perito ao indagar ao Requerente sobre seu estado de saúde, considerando que apresenta diagnóstico de Alzheimer e não tem condições de explanar sobre marcos temporais”.

Com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), a defesa reforçou a Moraes o pedido para que seja autorizada a prisão domiciliar em caráter humanitário.