Defesa de Manuela D'Ávila apresenta diálogos entre ex-deputada e o hacker 'Vermelho'
Prints incluem conversas após a entrega dos chats roubados das autoridades nacionais para Gleen Greewald

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) concluiu que a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) teve mais do que um mero contanto telefônico, como a mesma mencionou no inquérito no início de setembro, com o suspeito de hackear os celulares de grandes autoridades do Brasil, Walter Delgatti Netto, conhecido como 'Vermelho'.
Os documentos, que foram apresentados pela própria defesa da ex-deputada e candidata a vice presidência na chapa de Fernando Haddad (PT), foram para a pasta da Operação Spoofing em que a PF anexou 38 prints de conversas, em um acumulado de nove dias dos diálogos de Manuela e Vermelho.
Nos registros de tela, comprovam que D'Ávila teve mais do que um simples dialogo com Vermelho, incluindo conversas após o repasse ilegal dos chats privados dos procuradores da Lava Jato e do então juiz e agora atual ministro da Justiça, Sérgio Moro para o jornalista Gleen Greewald, do The Intercept Brasil.
Segundo o Estadão, Manuela chegou a enviar uma mensagem para Delgatti afirmando que Glenn teria sido a pessoa ideal para ter repassado o conteúdo roubado. O suposto hacker ainda relata que não havia pensando no jornalista americano, mas que o mesmo teria ficado surpreso com o conteúdo repassado.
De acordo com o Estadão, Manuela teria ainda declarado que a escolha de Greewald para divulgar o material seria a mais aceitável para a situação, já que o mesmo era um jornalista com credibilidade no mundo inteiro.
Em julho deste ano, uma série de conversas de autoridades brasileiras foram vazadas pelo site The Intercept Brasil, incluindo as do então Juiz Sérgio Moro, sobre possível "imparcialidade" nos julgamentos da Operação Lava-Jato.


