A defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pediu para que ele seja ouvido em Santos, no litoral de São Paulo, por meio de videoconferência. Na manhã desta quarta-feira (22), Ribeiro, suspeito de participar de um esquema de corrupção envolvendo pastores, foi preso pela Polícia Federal (PF). Ele tem uma audiência de custódia marcada para a próxima quinta-feira (23), em Brasília.

O advogado Daniel Bialski, que representa o ex-ministro, argumenta que sem a transferência do ex-ministro de SP para Brasília pode gerar uma “economia processual”. “A defesa técnica encontra-se baseada em São Paulo, o que permitirá maior efetividade na comunicação entre o custodiado”, frisa o documento enviado ao juiz federal Renato Coelho Borelli. Além disso, a defesa do ex-ministro afirma que a operação “foi injusta” e que “inexiste razão” para a detenção.

Prisão

A Polícia Federal prendeu preventivamente Milton Ribeiro, na manhã desta quarta-feira (22), em operação que investiga esquema de corrupção envolvendo pastores evangélicos durante a gestão dele à frente do Ministério da Educação (MEC).

A operação investiga o esquema de favorecimento em liberação de verbas do MEC para prefeituras ligadas aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, ambos integrantes da Assembleia de Deus e sem nenhum cargo na pasta. Após a prisão de Ribeiro, a pasta afirmou, em nota, que vai colaborar com as investigações e que o governo federal “não compactua com qualquer ato irregular”.