A presidente da OAB baiana - Daniela Borges - parece que resolveu escrever um livro: “A demagogia da OAB, à moda baiana” e - para começar bem - já deu "start" com um longo e espinhoso capítulo, falando sobre Racismo Estrutural. 
Depois de ver publicado em suas redes sociais um post sobre o evento que aconteceu recentemente no avião da Gol - com uma mulher preta - este colunista resolveu checar se a presidência da OAB coloca em prática o que prega sobre o assunto, no caso, Racismo Estrutural e ficou bege  quando descobriu que o velho ditado "Casa de ferreiro espeto de pau", caberia como "uma mochila gigante no compartimento compacto da Ordem" que anda pregando uma coisa e aplicando outra. Mas como assim? Simples: só fazer contas! A OAB/BA tem em sua composição 107 comissões, entre permanentes e transitórias. Não é pouca coisa, mas,  nestas, apenas 07 Comissões têm pretos ou pretas na presidência!!  Uma porcentagem de 7,49%, que  se torna irrisória  uma vez que todas são para se tratar de assuntos relevantemente ligados a própria causa.
São elas:
Comissão da Advocacia Negra; de Combate a Intolerância Religiosa; Comissão de Promoção da Igualdade Racial; Comissão da Relação com a África e a Diáspora; Direito Militar; de Artes; e a de Apoio a Advocacia Criminal.
Todas as comissões são umbilicalmente ligadas a questão racial, o que não tira o mérito mas "informa estruturalmente" que pretos só sabem falar sobre isto!
Nas demais comissões - aquelas "mais mais" que tratam de assuntos diversos e - especialmente - aquelas de interesses estratégicos da diretoria, não existem pretos ( as) na presidência!
Será que está faltando advogados (as) pretos e aptos para tais comandos na "Roma Negra da Bahia"?
A direção da OAB/BA não se diz preocupada com o racismo estrutural? Porque não começa mudando a própria forma de tratar?
Vamos acompanhar para saber quanto tempo a presidente Daniela Borges - tão dedicada a causa do racismo - vai demorar para mudar esta triste realidade!!
 Essa demagogia à baiana, sei não viu?