Denúncia aponta suposto racismo obstétrico na Maternidade Climério de Oliveira
Relato envolve gestante que teria tido a internação condicionada à retirada de cabelo sintético

Foto: Reprodução/UFBA
Um suposto caso de racismo envolvendo a Maternidade Climério de Oliveira, em Salvador, foi exposto nas redes sociais. De acordo com o Observatório de Justiça Reprodutiva do Nordeste e o Instituto Odara, uma mulher negra, com 40 semanas de gestação, teria tido sua internação condicionada à retirada do cabelo sintético que utilizava, mesmo já estando em trabalho de parto.
Ainda segundo o relato divulgado, a gestante precisou sair da área interna da unidade para retirar o cabelo de forma improvisada, em um momento de dor e vulnerabilidade.
Os institutos afirmam que não há respaldo científico que justifique a exigência e classificam o episódio como um caso de racismo obstétrico, relacionado a práticas discriminatórias no atendimento a mulheres negras nos serviços de saúde.
A reportagem tentou contato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), ligada ao Ministério da Educação e responsável pela maternidade, em busca de posicionamento, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.


