Denúncias de complicações após procedimentos estéticos com produtos da CosmoBeauty aumentam para sete vítimas

Mulheres apresentam reações graves e gravíssimas após utilização de ácido hialurônico não autorizado

[Denúncias de complicações após procedimentos estéticos com produtos da CosmoBeauty aumentam para sete vítimas]

FOTO: Reprodução

Segundo a Polícia Civil de Goiás, o número de mulheres que denunciaram complicações de saúde após realizarem procedimentos estéticos utilizando produtos da empresa CosmoBeauty subiu para sete. Cinco dessas vítimas são de Goiás, tendo apresentado reações graves e gravíssimas, algumas delas necessitando de internação em unidades de terapia intensiva (UTIs).

O registro mais recente é de uma mulher de Goianésia, que está internada em estado grave e inconsciente em uma UTI após ter realizado um procedimento no rosto no início de junho. As outras duas vítimas são do Paraná.

O produto utilizado nos procedimentos é composto de ácido hialurônico reticulado e hidroxiapatita de cálcio, descrito como um "ácido hialurônico com bioestimulador". De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o produto teve sua notificação como cosmético cancelada em junho do ano passado, sendo proibido sua venda e utilização. No entanto, a investigação revelou que pelo menos 38 caixas do preenchedor foram comercializadas em um evento realizado em Goiânia, em 19 de junho.

A Vigilância em Saúde de Goiás proibiu a distribuição e comercialização do produto, e as empresas que possuem estoque devem mantê-los guardados durante a vigência dessa determinação.

A CosmoBeauty afirmou, por meio de nota, que colabora com as investigações, alegando que o produto utilizado pelas vítimas possui registro regular e ativo na Anvisa, contradizendo a informação de cancelamento. A empresa também mencionou que as supostas profissionais utilizaram o produto de forma irregular, em áreas não indicadas, e que outras substâncias foram associadas, conforme relatado nas investigações.

A polícia está investigando o caso, analisando prontuários médicos das vítimas e amostras do produto recolhidas. A delegada responsável pelo caso destaca que nenhum dos produtos mencionados possui registro, e que a forma de aplicação utilizada foi a mesma ensinada pelas consultoras da empresa.

Além de Goiás e Paraná, outras mulheres de diferentes estados do Brasil relataram complicações relacionadas ao produto, levando a polícia goiana a considerar a possibilidade de enviar os resultados das investigações para a Justiça Federal.


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