Anvisa aprova medicamento inovador para controle do colesterol "ruim"

Incilsirana, comercializada como Sybrava, requer apenas duas injeções anuais e reduz o LDL em 50%

[Anvisa aprova medicamento inovador para controle do colesterol

FOTO: Pexels

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (5) um novo medicamento desenvolvido pela farmacêutica Novartis para o controle do colesterol LDL, considerado prejudicial à saúde. Denominada incilsirana e vendida sob o nome comercial de Sybrava, a terapia consiste em apenas duas injeções anuais no abdômen e é capaz de reduzir em até 50% os níveis desse composto gorduroso.

O colesterol elevado representa um risco para o desenvolvimento de aterosclerose, condição em que o acúmulo de gordura forma placas nas artérias, obstruindo o fluxo sanguíneo. Como resultado, podem ocorrer eventos cardiovasculares, como infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC). É essencial que, especialmente aqueles que já tiveram problemas relacionados, mantenham o colesterol sob controle.

"Manter o colesterol ruim (LDL) controlado é essencial para evitar que o paciente enfrente novos eventos cardiovasculares graves, que têm maior probabilidade de ocorrer após um episódio anterior", afirma Raul Santos, cardiologista do InCor-HCMFUSP, professor associado da Faculdade de Medicina da USP e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aterosclerose (IAS), em comunicado.

Atualmente, o tratamento do colesterol alto é realizado principalmente por meio de mudanças na dieta, prática de atividades físicas e uso de estatinas, que são comprimidos tomados diariamente para reduzir o nível desse composto no sangue. No entanto, apesar de serem essenciais e de conseguirem reduzir substancialmente o risco de morte em pacientes com colesterol alto que necessitam do medicamento, a adesão e a redução obtida com as estatinas giram em torno de 30%, de acordo com estudos.

A incilsirana apresenta, assim, uma nova opção de tratamento para esse problema, podendo até mesmo ser combinada com o uso das estatinas, ampliando as alternativas terapêuticas disponíveis.


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