Deputado e capitão Alden defende protagonismo da Alba em relação à greve da PM da Bahia
Em entrevista exclusiva para o Farol da Bahia, parlamentar também criticou o governador do Estado

Foto: Divulgação
Em entrevista exclusiva ao Farol da Bahia nesta sexta-feira (11), o deputado estadual capitão Alden (PSL) falou sobre o andamento dos acordos que visam solucionar a situação dos policiais militares (PM), que decretaram greve na última terça-feira (8) no estado.
Entre diversos pontos abordados na entrevista, o deputado afirmou que protocolará na segunda-feira (14), de forma urgente urgentíssima, a instalação de uma sessão extraordinária para tratar de projetos que estão, segundo o deputado, parados na Alba, e que versam sobre a melhoria de assuntos relacionados aos policiais. Alden ainda falou que o governo do Estado não tem competência para legislar, e que os deputados precisariam se reunir para votar os projetos que estão paralisados na Casa. Veja trechos da entrevista.
Como foi o desenrolar da reunião de ontem entre os deputados?
“No dia 9, por volta das 22h, entrei em contato com o deputado Nelson Leão e ele estava se preparando para ir para a canonização de Irmã Dulce. No pouco tempo em que estive com ele, sugeri que parecia oportuno o encontro com o governador do Estado. Minha ideia era tentar fazer com que o governador, o presidente da assembleia, o líder da oposição e da base governista sentassem para, juntamente com os deputados, tentassem traçar mecanismos e estratégias para viabilizar as demandas dos policias militares, tendo em vista que muitas demandas pleiteadas pelos policias militares já se encontram na Assembleia Legislativa, seja através de projeto de lei ou de indicação de lei. Tem uma série de projetos na Casa que já estão tramitando há mais de 5 anos e grande parte deles sequer foram apreciados. Então, sugeri essa reunião para, a partir daí, partíssemos para estabelecer um cronograma e verificar a viabilidade de colocar esses projetos em votação. Não somente projetos da Casa, mas também o que estão na Casa Civil, como, por exemplo, plano de carreira e o projeto de código de ética”.
Qual o posicionamento do senhor em relação à continuidade ou não da greve?
“Nós temos que evitar a todo custo as emoções. Não pode ser o único elemento da luta. Os policiais não podem simplesmente abandonar o movimento e continuar com essas pendências”.
Como vê a atuação do governador? Não está tudo muito solto, sem a população saber quem está no controle?
“Defendo o protagonismo da Assembleia Legislativa. O que vi ontem, na reunião, foi algo que não gostei. O que me pareceu foi simplesmente um bate-papo em que nós entregaríamos uma pauta para o representante do governo e esperasse que os policias aceitassem. Então, fica difícil aceitar a posição da Assembleia Legislativa de convidar os deputados para tirarem foto e entregarem pauta”.
Qual é o melhor caminho para a corporação negociar melhorias à categoria e não deixar o estado sem policiamento?
“Diante dessas solicitações que fiz, o líder do governo deve sinalizar o governador do estado que, a partir daquele momento, a Assembleia vai assumir o seu papel de intermediadora do processo e que analisará os projetos de leis que estão relacionado as demandas dos policiais, para que tenhamos uma solução e um entendimento".