Deputados começam a avaliar projeto de legalização do aborto na Argentina

O Congresso da Argentina começou a discutir nesta quinta-feira (10), o projeto de lei para legalizar o acesso ao aborto no país. De acordo com o texto, que tem o apoio do presidente argentino, Alberto Fernández,  passa a haver previsão legal da interrupção da gravidez até a 14ª semana de gestação. Na manhã de hoje grupos favoráveis e contrários à medida marcaram manifestações.

Até o momento, a expectativa é que o projeto seja aprovado na Câmara. Logo depois, ele precisará ser submetido ao Senado. O debate deve durar cerca de 30 horas. O texto pode ser alterado e deverá ser votado na sexta-feira (11). "Estamos confiantes que haverá os votos. Estamos trabalhando para construir o consenso necessário", disse Elizabeth Gómez Alcorta, a ministra das Mulheres, Gênero e Diversidade.

Os manifestantes favoráveis à lei afirmaram que devem fazer uma vigília que atravessará a noite. Em 2018, a Câmara dos Deputados da Argentina chegou a aprovar um texto semelhante, mas o Senado rejeitou a proposta. Os grupos contrários à legalização do aborto usam cores azuis e afirmaram que também farão manifestações. Há um outro texto no Congresso que prevê o auxílio a mulheres que pretendem manter a gravidez para que elas não tenham que enfrentar dificuldades econômicas e sociais severas. A lei argentina prevê a possibilidade de aborto quando há risco à vida da mãe ou quando a geração foi resultado de um estupro.