Deputados e sindicalistas discutem reforma da Previdência durante audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia

A audiência foi realizada nesta segunda-feira (20) e também contou com a participação de sindicalistas e representantes de entidades

[Deputados e sindicalistas discutem reforma da Previdência durante audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia]

FOTO: Tânia Araújo

Durante debate promovido nesta segunda-feira (20) pela Assembleia legislativa da Bahia (AL-BA), sobre a Reforma da Previdência, muitos deputados federais e estaduais estiveram presentes, assim como alguns secretários e vereadores. A deputada federal Alice Portugal (PCdoB), foi uma das primeiras a chegar e falou sobre a importância do evento para a Reforma que irá acontecer. "Essa oportunidade que temos de ouvir o povo baiano e passar para Brasília, nossos anseios e o que mais surgir", disse a política.

O clima da audiência pública, com a presença de tantos sindicalistas e representantes de entidades, trouxe o sentimento similar ao da reforma trabalhista, em que alguns parlamentares se compadeceram: “seria essa mais uma proposta cheia de promessas que irá trazer arrependimento com o tempo, como a reforma trabalhista de Temer?”, indagou o Presidente da comissão especial da reforma da Previdência, o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) em plenário.

Um pouco mais radical, o deputado federal Marcelo Ramos (PR), criticou fortemente a gestão do presidente Jair Bolsonaro. "Um presidente que não dialoga com o legislativo, não tem como governar, isso lembra o tempo de Collor, onde ele perdeu por 1 voto sua reforma", relembrou o parlamentar. Para o parlamentar, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não sabe lidar nem com o poder legislativo e nem com o executivo. “Como fez em seus 20 anos de carreira como deputado, ele não se importa em fazer alianças, ele não entende a importância do diálogo”, afirmou.

"O protagonismo do Congresso já está claro diante da incapacidade do governo de construir os 308 votos para aprovar a matéria. Ou o Congresso assume o protagonismo ou não vai ter reforma, porque o governo não vai conseguir os 308 votos", declarou.

"Essa reforma só tira do pobre, não é justa. É contada de uma forma que não é real. É necessário conversar sobre a idade mínima, é necessário que o povo compreenda que não é uma reforma que vai tirar dos mais ricos, os mais pobres são os que mais vão sofrer”, bradou em plenário a deputada estadual, Lídice da Mata (PSB).

O presidente da Casa, Nelson Leal (PP) aproveitou sua fala em plenário para criticar a reforma previdenciária feita no Chile, usada como exemplo pelo ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes. "Hoje em dia cerca de 80% da população no Chile aposentado recebe menos que um salário mínimo, é assim que queremos deixar o legado para nossos filhos”, questionou o presidente da casa.


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