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Deputados investigados por motim na Câmara têm poucas propostas e atuam mais em discussões

Entre os 14 parlamentares alvos da Corregedoria da Câmara, 78% das ações são requerimentos e manobras regimentais

Por Da Redação
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Deputados investigados por motim na Câmara têm poucas propostas e atuam mais em discussões

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Os 14 deputados federais envolvidos no motim realizado na Câmara, promovido após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), têm atuação marcada mais pelo embate do que pela apresentação de projetos de lei ou propostas de emenda à Constituição (PECs). As informações são do jornal O GLOBO.

Os deputados que podem sofrer punições são: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Zucco (PL-RS), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Carlos Jordy (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Allan Garcês (PP-MA), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Sávio (PL-MG), Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS) e Julia Zanatta (PL-SC).

"A visão geral dos números mostra que eles têm um perfil muito mais combativo do que propositivo na comparação com a média. Em parte isso se justifica por serem da oposição, que costuma mesmo manobrar mais a pauta. Mas, mais do que isso, eles são pouco propositivos de maneira geral, estão muito para baixo no ranking dos que mais propõem", aponta o economista Bruno Carazza, colunista do Valor e autor dos livros “Dinheiro, eleições e poder” e “O país dos privilégios”. Ele compilou os dados.

Desse total, oito integram o top 50 de parlamentares que mais apresentaram alguma proposição na atual legislatura, sendo dois deles entre os dez com maior incidência, apenas três compõem o ranking dos 50 com mais projetos de lei ou PECs, e nenhum deles aparece entre os dez primeiros. 

Na média da Casa, os requerimentos e outras proposições análogas representam 58% do total de medidas apresentadas; entre os amotinados, 78%. Os requerimentos de retirada de pauta, usados para tentar impactar a programação do Legislativo, são o principal formato e tomam conta de 12,6% do trabalho dos alvos da Corregedoria, mais que o dobro dos 5,6% da média geral.

O corregedor Diego Coronel (PSD), que é responsável por analisar as representações da Câmara contra os colegas, intimou na quarta-feira (13) os deputados a apresentarem defesas em até cinco dias.

"Serei bastante célere, mas não posso ainda confirmar quanto tempo o processo vai durar. Meu prazo é de até 45 dias, mas não devo precisar de todo esse período", afirmou. 

Segundo o corregedor, cada caso será analisado individualmente, em um procedimento que funciona de forma semelhante a uma audiência do Ministério Público.

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