Desastre ambiental: Pandemia pode gerar até 7.200 toneladas de lixo hospitalar, a maioria sendo máscaras
As campanhas internacionais para o descarte adequado já estão sendo intensificadas

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De acordo com um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), divulgado nesta sexta-feira (20), o volume de lixo hospitalar gerado pela pandemia da Covid-19 pode chegar à 7.200 toneladas, sendo a maior parte, máscaras. Segundo a pesquisa, o material acarreta impactos ambientais e financeiros e os países já intensificaram as campanhas para o descarte adequado dos equipamentos.
Uma opção para a diminuição do lixo hospitalar seria a adesão de máscaras reutilizáveis, como o modelo N95 ou PFF2. O MIT afirma que a descontaminação das máscaras para a reutilização por profissionais da saúde pode diminuir os custos e o desperdício ambiental em até 75%.
Giovanni Traverso, professor assistente de engenharia mecânica do MIT, gastroenterologista do Brigham and Women's Hospital, e o autor sênior do estudo, afirma que as abordagens apontam uma redução importante dos resíduos hospitalares.
"Talvez sem surpresa, as abordagens que incorporam aspectos reutilizáveis representam não apenas a maior economia de custos, mas também uma redução significativa de resíduos", disse.
Outro apontamento feito no estudo é de que máscaras N95, feitas de silicone, podem oferecer uma redução ainda maior do desperdício. O grupo agora trabalha no desenvolvimento do produto.