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Desigualdades sociais na área da saúde aumentaram na pandemia, diz Fiocruz

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Desigualdades sociais na área da saúde aumentaram na pandemia, diz Fiocruz

Mais de 90% dos municípios da Região Norte ficaram na pior classificação

Por Da Redação
Desigualdades sociais na área da saúde aumentaram na pandemia, diz Fiocruz
Foto: Agência Brasil

O estudo IDS-Covid-19, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nessa quinta-feira (30), mostra que as desigualdades sociais na área da saúde cresceram no país durante a pandemia. Segundo o levantamento, mais de 90% dos municípios da Região Norte ficaram na pior classificação quanto ao nível de desigualdades sociais em saúde entre os períodos analisados. 

Para realizar o estudo, os pesquisadores se basearam em números de quatro momentos da pandemia. Todo o processo foi realizado por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia). Os dados usados são do Censo Demográfico do IBGE de 2010, do Cadastro Nacional dos Equipamentos de Saúde (CNES), para capturar números de leitos de UTI e respiradores; e do Índice Brasileiro de Privação (IBP), que leva em consideração a renda, educação e condições de domicílio.

“As desigualdades entre as regiões se aprofundaram, considerando que há uma melhoria dessas desigualdades em alguns municípios, embora não seja grande, enquanto outros permaneceram em situação crítica”, destaca a epidemiologista Maria Yury Ichihara, coordenadora do projeto que desenvolveu o Índice de Desigualdades Sociais para a Covid-19 (IDS-Covid 19).

Regiões 

Segundo o estudo, mais de 90% dos municípios da Região Norte ficaram na pior classificação quanto ao nível de desigualdades sociais em saúde entre os períodos analisados. Após a primeira onda da pandemia da Covid, apenas 3% dos municípios desta região conseguiram reduzir as condições de desigualdade em saúde.

Em comparação com as cidades da Região Sul no mesmo período, por exemplo, 8% delas conseguiram redução das desigualdades. Na Região Nordeste, em fevereiro de 2020, quase todos os municípios, 99%, estavam nos dois piores grupos com relação à situação de desigualdades sociais em saúde. No entanto, ao longo da pandemia, a região apresentou uma redução nessa condição com 95% em julho de 2020, 93% em março de 2021 e 92% em janeiro de 2022.

Já as  cidades do Sudeste ficaram mais concentradas entre os níveis intermediários. Em Minas Gerais, no início da pandemia, 50% dos municípios foram classificados nos grupos com pior situação de desigualdade, e 33% em uma posição intermediária. Por outro lado, em São Paulo 41% dos municípios estavam nos agrupamentos com menor nível de desigualdade e 11,3% nas piores posições.

No Rio de Janeiro, dos 92 municípios que compõem o estado, 39 iniciaram a pandemia nas piores situações relativas às desigualdades, segundo o índice, e 28 deles mantiveram o lugar ao longo dos períodos analisados pelos pesquisadores. No Centro-Oeste, as capitais dos estados, além de Brasília, mantiveram suas respectivas situações de menor nível de desigualdade desde o início da pandemia até o último momento analisado, em janeiro de 2022.
 

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