Economia
Segundo produtores e autoridades do Brasil, uma de suas maiores intenções é aumentar o protecionismo agrícola europeu
FOTO: Reprodução/Agência Brasil
A proposta de legislação da Comissão Europeia de barrar a importação de produtos do agronegócio, considerados fortemente ligados ao desmatamento florestal, coloca sob ameaça cerca de US$ 10 bilhões (o equivalente a R$ 55 bilhões, considerando a cotação atual) ao ano em exportações brasileiras.
A proposição gerou reações de produtores e autoridades do Brasil. Segundo eles, uma das principais intenções da ideia é aumentar o protecionismo agrícola europeu.
A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) divulgou uma nota nessa terça-feira (23), dizendo que os europeus se sentem donos do mundo. “Protecionismo comercial disfarçado de preocupação ambiental. É disso que se trata a medida”, diz o texto.
No entanto, para o mundo, a pauta tem sido apresentada como medida de incentivo à preservação ambiental. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou dados na quinta-feira (18) que revelam que o desmatamento na Amazônia, nos 12 meses entre agosto de 2020 e julho de 2021, foi o maior para esse intervalo de tempo desde 2006. A floresta perdeu 13,235 mil km² de árvores no último ano.
O texto ainda precisa de aprovação do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu (que reúne os líderes dos 27 membros). Se aprovado, segundo especialistas, a economia brasileira poderá ser prejudicada, já que os países do bloco são o segundo principal destino das exportações brasileiras, perdendo somente para a China.
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