Prévia da inflação é a maior para novembro dos últimos 19 anos
Alta é pressionada pela gasolina
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que mede a inflação mensal até a metade de cada mês, atingiu seu maior patamar desde 2002. Em resultado divulgado nesta quinta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de novembro teve alta de 1,17% em novembro, 0,03 ponto percentual abaixo da taxa registrada em outubro (1,20%), mas a maior variação para o mês desde 2002, quando registrou 2,08%.
O resultado apontado pelo índice é considerado uma prévia da inflação oficial do mês. O acumulado no ano foi de 9,57% e, em 12 meses, de 10,73%, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2020, a taxa havia sido de 0,81%.
Combustíveis são os principais vilões
Os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. A maior variação ficou (2,89%) e o principal impacto (0,61 ponto percentual no índice.) vieram do setor de transportes, com o aumento no preço dos combustíveis.
Em seguida, habitação (1,06%) e saúde e cuidados pessoais (0,80%), com impactos de 0,17 p.p. e 0,10 p.p., respectivamente.
Juntos, os três grupos contribuíram com 0,88 p.p. no IPCA-15 de novembro, o equivalente a cerca de 75% do índice do mês.
No grupo habitação, a maior contribuição foi do gás de botijão, que subiu 4,34%. Os preços do produto subiram pelo 18° mês consecutivo, acumulando 51,05% de alta no período iniciado em junho de 2020.