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Dia Mundial de Conscientização do Autismo: cerca de 1 em cada 100 crianças tem o transtorno

No Brasil, os estudos de prevalência da condição são escassos

Por Da Redação
Ás

Dia Mundial de Conscientização do Autismo: cerca de 1 em cada 100 crianças tem o transtorno

Foto: Unicef

Neste domingo (2), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo que destaca a importância do diagnóstico adequado, do acompanhamento especializado e da inclusão social. O transtorno do espectro autista (TEA) reúne diferentes condições marcadas por alterações no desenvolvimento neurológico relacionadas a dificuldades de relacionamento social. 

Cerca de 1 em cada 100 crianças tenha autismo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa estimativa representa um valor médio, e a prevalência relatada varia substancialmente entre os estudos.

No Brasil, os estudos de prevalência da condição são escassos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) incluiu uma pergunta sobre autismo no questionário da amostra do Censo Demográfico 2022. No entanto, os resultados ainda não estão disponíveis, segundo o instituto.

De acordo com o Ministério da Saúde, os sinais de impactos no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, com o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. Além disso, a prevalência do distúrbio é maior entre indivíduos do sexo masculino.

Tratamento

Uma rede de apoio e assistência a pacientes é disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Na Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, por exemplo, as pessoas com TEA e seus familiares contam com Centros Especializados em Reabilitação (CER), que são pontos de atenção ambulatorial especializada em reabilitação, responsáveis por diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia de apoio.

Os tratamentos indispensáveis incluem intervenções educativas, socioeducativas e reabilitativas. Há ainda o tratamento médico e psiquiátrico para as limitações funcionais e de linguagem, a agitação, a limitação motora e, como muitas vezes acontece, o tratamento de outro diagnóstico que pode vir acompanhado com o autismo, como o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Diferentes tipos de autismo

As manifestações clínicas permitem a classificação do TEA em diferentes categorias.

O chamado “autismo clássico” conta com graus de comprometimento que variam entre as pessoas. De maneira geral, os indivíduos tendem a se voltar para si mesmos, deixando de estabelecer contato visual com as pessoas ou com o ambiente. Embora consigam falar, podem não utilizar a fala como ferramenta de comunicação.

Nessa forma de autismo, as pessoas podem entender enunciados simples, mas apresentam dificuldades para compreensão. Por se apegarem ao sentido literal das palavras, não compreendem metáforas e nem contextos de duplo sentido.

Nas formas mais graves do autismo clássico, há uma ausência completa de qualquer contato interpessoal. Em geral, são crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos e repetem movimentos.

Outra categoria é o autismo de alto desempenho, chamado anteriormente de síndrome de Asperger. Os indivíduos apresentam dificuldades semelhantes às outras formas de autismo, mas numa medida bem reduzida.

Apesar das dificuldades para interagir socialmente, compreender e expressar emoções, as pessoas com a forma mais leve de autismo conseguem se expressar verbalmente e desempenhar papeis que requerem concentração, especialmente pelo foco exagerado em um assunto específico, característica comum associada a esse espectro.

Há ainda o “distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação“, que inclui indivíduos considerados dentro do espectro do autismo, com dificuldade de comunicação e de interação social, mas com sintomas insuficientes para inclusão em outras categorias do transtorno.
 

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