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Dino critica uso excessivo de celulares nas sessões do Congresso Nacional: "Mais celulares em punho do que discussões na tribuna"

Ministro do STF desabafa durante evento do setor de infraestrutura e comentou sobre licenciamento ambiental e emendas parlamentares

Por Da Redação
Ás

Dino critica uso excessivo de celulares nas sessões do Congresso Nacional: "Mais celulares em punho do que discussões na tribuna"

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, fez uma crítica nesta quinta-feira (5) sobre o uso excessivo de celulares pelos parlamentares durante as sessões do Congresso Nacional. Dino desabafou durante o evento ABDIB Fórum 2025, além de comentar sobre licenciamento ambiental e emendas parlamentares.

"Hoje tem mais deputado com celular em punho do que discussão na tribuna. Está no lugar errado. Vá para Hollywood, fazer filme, ser diretor, ganhar prêmios, concorrer com Walter Salles", criticou.

Durante o evento promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, Dino também citou os vídeos feitos por parlamentares que, segundo o ministro, buscam apenas a "espetacularização da política", com a afirmação de que "a métrica de quem faz isso são os likes".

"Se proibisse celular na Câmara e no Senado, o Parlamento iria funcionar melhor. Mas estou falando sério, parece uma coisa anedótica, mas poucos parlamentos do mundo permitem aquilo", apontou.

Licenciamento ambiental e entraves sobre emendas

Dino também criticou a flexibilização das licenças ambientais durante o evento, visto que o tema segue em discussão no Congresso.

"Eu realmente creio que, como tudo na vida, a virtude está no meio tempo. Não pode ser sem licença. O setor privado brasileiro sério quebraria se não houvesse licença de nada", analisou.

O ministro do STF reforçou que entende a importância das emendas para os municípios, em especial para a descentralização do orçamento. Por isso, Dino pontuou os processos para dar mais transparência e rastreabilidade sobre os recursos.

"Em um ano, avançamos onde não havia regulação alguma, praticamente. E hoje, nós temos caminhado bem. Remanesce o terceiro problema, contudo, que tem a ver com o setor de vocês [de infraestrutura]. Há uma arquitetura no Estado brasileiro na repartição de competências. Isso não se refere só à feitura de leis. Se refere à realização de investimento', pontuou.

Por fim, Flávio Dino concluiu: "As emendas cresceram e viraram impositivas, e não estou discutindo se isso é bom ou ruim, porque terei que julgar, em algum momento, você desloca recursos da esfera federal para as esferas municipais. E isso impacta nos investimentos da infraestrutura".

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