Diretor de Cultura de Belém é exonerado após fazer tatuagem dentro do Palacete Bolonha
A sessão aconteceu em um dos principais patrimônios históricos da capital

Foto: Reprodução
O Ministério Público do Pará (MPPA) abriu um inquérito civil para apurar a conduta de Anderson Luis Reis Augusto, ex-diretor da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Belém (Semcult), após a divulgação de um vídeo em que ele aparece sendo tatuado dentro do Palacete Bolonha, um dos mais importantes patrimônios históricos da capital.
A repercussão do caso levou à exoneração de Anderson, confirmada pela Prefeitura de Belém, que repudiou o uso indevido do local. “A decisão foi tomada após a constatação do uso indevido das dependências e do mobiliário do Museu. A Prefeitura de Belém repudia qualquer conduta incompatível com o serviço público”, informou a administração municipal em nota.
Segundo o MPPA, o procedimento de tatuagem foi realizado para fins pessoais, sem justificativa institucional, e em um espaço tombado destinado exclusivamente a atividades culturais e educativas. O órgão destacou que o uso inadequado de bens públicos com valor histórico “pode afetar o vínculo identitário e emocional de uma coletividade, ainda que não acarrete danos materiais diretos”.
O tatuador Dan Quixote, responsável pela sessão, afirmou em nota que a gravação fazia parte da série autoral “Tatuagens por Belém”, com o objetivo de valorizar locais históricos da cidade. Ele disse ainda que houve autorização prévia do então diretor do museu e que não houve uso de recursos públicos e que o espaço foi devolvido em perfeitas condições.
Construído entre 1905 e 1908 e tombado em 1982, o Palacete Bolonha é considerado um símbolo da Belle Époque em Belém e abriga o Museu Casa Francisco Bolonha, dedicado a atividades culturais e educativas.
Paula Lourinho l Agência Belém
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