Diretor do Banco Central afirma que Pix vai reduzir circulação de papel moeda no Brasil
Custos com papel moeda são altos para os bancos e para o próprio BC

Foto: Reprodução/Tecnoblog
O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, disse nesta quarta-feira (11), que o Pix (sistema de pagamento instantâneo do BC) será mais um instrumento para reduzir o volume de papel moeda em circulação no Brasil. O uso de dinheiro em espécie, segundo ele, possuí um alto custo para a instituição e para os bancos.
“O papel moeda é caro para autoridade monetária e para sistema financeiro. Transportar papel moeda em um país continental é caríssimo, estimamos um gasto de cerca de R$ 10 bilhões por ano com empresas de transporte de valores, sem contabilizar outros custos de segurança pública”, afirmou o diretor durante um evento organizado pela Blueprintt.
Mello lembrou que o banco precisou lançar uma nova cédula de R$ 200 no começo de setembro para suprir a demanda por papel moeda durante a pandemia, especialmente devido ao pagamento do auxílio emergencial da pandemia da Covid-19 pelo governo a desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de programas sociais.
“O BC não vai se furtar a ofertar moeda quando houver demanda social, como ocorreu durante a pandemia (no caso das nota de R$ 200). Mas a ideia no médio e longo prazo é processo contínuo de digitalização e substituição de papel moeda. O PIX é mais um instrumento nessa direção”, completou.