Diretor do BC diz que cenário internacional não deve interferir corte de juros no Brasil
Para Gabriel Galípolo, momento de conflito é desafiador

Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom
Durante uma reunião do Conselho Empresarial de Economia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o cenário internacional “mais desafiador” não deve afetar o ciclo de corte de juros no Brasil. Na ocasião, ele citou o conflito entre Hamas e Israel.
“A gente tem um cenário mais desafiador do ponto de vista internacional ao longo deste segundo semestre, com desafios novos que vão surgindo. Um deles é o conflito que surgiu ao longo deste final de semana, que tem uma série de impactos em preços internacionais. Temos um cenário mais desafiador do ponto de vista internacional, mas que é compensado por um cenário mais benigno do ponto de vista doméstico”, afirmou.
O economista enfatizou que a autoridade monetária planeja continuar reduzindo os juros em 0,5% e que o BC iniciou esse ciclo de cortes porque a “inflação surpreendeu” e que a previsão de crescimento econômico tem aumentado a cada projeção.
As estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ao final deste ano foram mantidas pelo BC em 2,92% e em 1,5% em 2024. As projeções dos economistas ouvidos pelo banco para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o final deste ano continuaram em 4,86%.