Dívida pública deixa de crescer R$ 900 bi, após fim do teto de gastos e reforma da Previdência
Dados são da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia
De acordo com um relatório divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, a dívida pública líquida deixou de crescer R$ 900 bilhões desde o fim de 2016 com o teto federal de gastos e com a reforma da Previdência.
O documento comparou a taxa de juros implícita na dívida líquida do governo central de novembro de 2016, mês anterior à promulgação do teto de gastos, a dezembro de 2020. Essa taxa caiu de 43,4% ao ano em 2016 para 8,9% ao ano no fim do ano passado, ajudando a conter o endividamento público.
Para chegar à estimativa de R$ 900 bilhões, o órgão projetou a evolução da dívida pública com as taxas registradas em novembro de 2016. Depois, usou o deflator do Produto Interno Bruto (PIB) para corrigir a variação.
Segundo a SPE, os juros implícitos da dívida pública líquida ficaram em média 0,32 pontos percentuais ao mês mais baixos após a adoção do teto dos gastos e 1 ponto percentual ao mês mais baixo após a reforma do sistema previdenciário.
Nas contas da SPE, a economia de R$ 900 bilhões obtida em 50 meses, equivale aproximadamente a 12,16% do Produto Interno Bruto (PIB) anual brasileiro e, também, a 28,12 vezes a despesa anual com o Programa Bolsa Família.