Dívida Pública Federal recua 1,28% em abril e chega a R$ 4,16 trilhões
Vencimento de títulos e baixa emissão provocaram queda

Foto: Agência Brasil
A Dívida Pública Federal (DPF) registrou uma queda pelo segundo mês consecutivo de acordo com informações da Secretaria do Tesouro Nacional divulgadas na quarta-feira (27). A concentração de vencimentos de papéis e a baixa emissão de títulos motivadas pela crise da Covid-19 foram os responsáveis pelo resultado. O índice recuou 1,28% em abril, na comparação com março. O estoque passou de R$ 4,215 trilhões para R$ 4,161 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública em títulos no mercado interno, caiu 1,57% em abril, passando de R$ 4,006 trilhões para R$ 3,944 trilhões.
A queda, segundo o Tesouro, deve-se ao resgate líquido de R$ 81,83 bilhões na DPMFi. Esse resgate foi parcialmente compensado pela apropriação positiva de juros (quando os juros da dívida são incorporados ao total mês a mês), no valor de R$ 19,03 bilhões.
Depois de ter tirado de circulação R$ 35,562 bilhões em títulos públicos em março, o Tesouro não precisou recomprar papéis em abril. Segundo o órgão, isso representa um indicativo de que as condições de mercado estão melhorando aos poucos, apesar das restrições de liquidez e da elevada incerteza.
O estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), em circulação no mercado internacional, aumentou 4,23%, passando de R$ 208,29 bilhões para R$ 217,11 bilhões de março para abril. O principal motivo foi a alta de 4,39% do dólar no mês passado. A moeda norte-americana é o principal fator de correção da dívida externa.
Este ano, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá ficar entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública para 2020, apresentado em janeiro.