Dólar abre em alta e é negociado acima de R$ 4,90

O dólar funciona com forte alta nesta segunda-feira (16), voltando a se aproximar de R$ 5, em mais de dia de abalado nos mercados globais, após um novo corte surpresa na taxa de juros dos EUA, e países fechando fronteiras para tentar controlar a pandemia de coronavírus.

Às 9h21, a moeda norte-americana subia 2,22% negociado a R$ 4,9197. Na máxima até o momento, chegou a R$ 49882, com alta de mais de 3%.

Na última sexta-feira (13), o dólar encerrou o dia com alta de 0,51%, R$ 4,8127, maior cotação de fechamento, acumulando alta de 20,02% no ano.

Taxas de juros dos EUA

No domingo (15), o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) anunciou a redução da taxa de juros dos EUA para a faixa entre 0% a 0,25%, o que agravou os temores do impacto econômico da pandemia.

Esse já é o segundo corte econômico em menos de duas semanas. A instituição ainda anunciou um programa de compra de US$ 500 bilhões em títulos do Tesouro e de US$ 200 bilhões com valores hipotecários.

Corte de juros no Brasil

Já no Brasil, as atenções são voltadas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que vai anunciar nesta quarta-feira (18) a nova taxa básica de juros. 

O mercado reduziu para 1,68% a estimativa de crescimento do PIB em 2020, segundo o boletim Focus do BC, divulgado nesta segunda. Os analistas também passaram a prever um corte da taxa básica de juros nesta semana, dos atuais 4,25% para 4% ao ano.

Já a projeção do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2020 subiu de R$ 4,20 para R$ 4,35 por dólar. Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 4,20 por dólar.