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Dormir mal afeta emoções e traz riscos à saúde mental a longo prazo, aponta estudo

Pesquisa analisou publicações dos últimos 50 anos sobre o assunto

Por Da Redação
Ás

Dormir mal afeta emoções e traz riscos à saúde mental a longo prazo, aponta estudo

Foto: Image by Pixabay

Um abrangente estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Montana, revisou pesquisas das últimas cinco décadas, apresentando evidências sobre os impactos significativos da má qualidade do sono no funcionamento emocional e na saúde mental a longo prazo. A pesquisa, que envolveu a análise de 154 artigos de 28 países, com um total de 5.715 participantes, revelou que a falta de sono está associada a uma diminuição nas emoções positivas, como alegria e contentamento, e ao aumento dos sintomas de ansiedade.

Segundo a especialista em medicina do sono, Maíra Honorato, do Hospital Israelita Albert Einstein, "a longo prazo, isso aumenta o risco de transtornos do humor, como depressão, ansiedade e transtorno do estresse pós-traumático."

Os pesquisadores examinaram diversos tipos de privação de sono, incluindo a aguda, em que os voluntários permaneciam longos períodos sem dormir, a crônica, em que dormiam menos horas do que o habitual, e o sono fragmentado, caracterizado por interrupções frequentes durante o sono. O impacto emocional foi medido por meio de questionários com respostas a estímulos emocionais, além de testes para avaliar sintomas de ansiedade e depressão, comparando todos os dados a um grupo controle.

Diferentemente dos afetos positivos, as emoções negativas, como medo, raiva, desgosto e estresse, foram menos consistentes. Os pesquisadores sugerem uma explicação evolutiva para esse fenômeno, destacando que esses sentimentos têm uma função imediata diante de uma ameaça, o que pode contribuir para uma menor sensibilidade à falta de sono, visando à própria proteção.

Estudos adicionais indicam que cerca de 30% dos adultos enfrentam problemas para dormir, sendo que fatores como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e excesso de peso também estão associados a distúrbios do sono. No contexto brasileiro, dados do Episono (Estudo Epidemiológico do Sono) em São Paulo revelam que 45% da população queixa-se de insônia.

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