Dramaturgo Roberto Alvim comandará a Secretaria Especial de Cultura

Alvim já criou polêmica ao ofendeu abertamente Fernanda Montenegro

[Dramaturgo Roberto Alvim comandará a Secretaria Especial de Cultura]

FOTO: Reprodução/CDB

O presidente Jair Bolsonaro indicou o dramaturgo Roberto Alvim, diretor de artes cênicas da Funarte, para comandar a Secretaria Especial de Cultura. A nomeação foi publicada nesta quinta-feira (7), em edição extra no Diário Oficial da União.

Em setembro, Alvim se envolveu em polêmica com a atriz Fernanda Montenegro, quando a ofendeu abertamente chamando a atriz de 89 anos (na época) de "sórdida" em suas redes sociais. O ataque veio após a atriz posar para a revista literária, "Quatro cinco um", vestida como uma bruxa prestes a ser queimada em uma fogueira com livros.

O dramaturgo  já  havia chamado atenção da classe artística um mês antes, ao lançar em suas redes sociais  uma convocação para 'artistas conservadores' criarem uma 'máquina de guerra cultural'.

Outro cotado para o cargo, o ex-deputado Marcos Soares, deve ser indicado para ocupar um cargo na pasta.

Mais cedo, um outro decreto sacramentou  a transferência da Cultura e outros órgão do setor do Ministério da Cidadania para a pasta do Turismo. O ato de nomeação de Alvim, cujo nome de registro é Roberto Rego Pinheiro, ainda foi assinado pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, que segue despachando até toda a estrutura administrativa passar para as mãos do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio.

Roberto Alvim chegou ao governo após relatar nas redes sociais ter sido perseguido após se converter ao cristianismo durante um processo de tratamento de câncer e ter declarado apoio a Bolsonaro. Ele foi nomeado diretor de artes cênicas da Funarte e mantém bom relacionamento com o presidente.

Nos últimos três meses, a Secretaria de Cultura tem passado por sucessivas trocas no comando. Em agosto, o então secretário Henrique Pires foi demitido do cargo após polêmica envolvendo filmes com temática LGBT. Na ocasião, Pires afirmou que preferia sair a "bater palma para censura". O estopim para a saída de Pires teria sido o fato de discordar de um edital para a TV pública com tema dedicado a produções sobre diversidade de gênero.

Com demissão de Pires, o economista Ricardo Braga foi alçado ao cargo. O nome foi uma escolha do próprio presidente Jair Bolsonaro, sem passar pelo crivo do ministro da Cidadania, Osmar Terra. O nome favorito de Terra para o posto seria o de José Paulo Martins, que ficou interinamente no cargo após a saída de Henrique Pires.

O economista Ricardo Braga acabou saindo da pasta nesta semana e foi nomeado para comandar a Seres do MEC, que estava sem chefe desde que seu titular, Ataíde Alves, foi demitido pelo ministro da educação, Abraham Weintraub, devido à morosidade na condução dos processos da secretaria.

Apontado por integrantes do Ministério da Cidadania para o posto, o ex-deputado evangélico Marcos Soares (DEM-RJ) deve ganhar um cargo na estrutura da Cultura. O posto ainda não foi definido. Nesta tarde, Marcos e o pai, o pastor evangélico R.R Soares, foram  recebidos por Bolsonaro em seu gabinete.

 


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