Economia brasileira pode ter pior desempenho entre 12 países emergentes, aponta FMI

O próximo ano não deve ser um dos melhores para a economia brasileira. A conjuntura econômica do país deve ter o pior desempenho entre 12 grandes países emergentes, segundo compilação apresentada nesta segunda (22) pelo jornal O Estado de S. Paulo, realizado junto ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), com dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) e de cinco grandes consultorias e bancos.

As expectativas de Bradesco, Goldman Sachs, Capital Economics, Fitch e Nomura, como aponta o levantamento, vão de 0,8% a 1,9%. O FMI, também de acordo com a pesquisa, projeta avanço de 1,5%, a média do mundo emergente é de 5,1%. 

As expectativas apresentadas são consideradas otimistas, na análise do jornal. A média das projeções feita por economistas do relatório Focus, do Banco Central, está em 0,93% para o PIB. E bancos como o Itaú prevê retração de 0,5% em 2022.

Entre as nações analisadas, os piores desempenhos, após o brasileiro, são da África do Sul (2,2%) e do Chile (2,5%). O economista para emergentes da consultoria britânica Capital Economics, William Jackson diz que essas nações sofreram com a pandemia e a alta de inflação e juros. "Mas, no Brasil, tudo isso parece um pouco mais extremo", afirma. Ele cita a exposição da economia brasileira ao consumo chinês e problemas estruturais sérios, como a fragilidade das contas públicas nacionais.