Após um período de dois anos de forte crescimento, o ano de 2023 pode apresentar um cenário diferente. O impulso da recuperação pós-crise causada pela pandemia de Covid-19 se esgotou, o que significa que as taxas mais fortes de crescimento, ficaram para trás.  

2023 também será o primeiro ano que sofrerá em toda a sua plenitude os impactos da alta de juros, outra herança deixada pela pandemia e pelo estrago inflacionário que ajudou a causar. Além do cenário econômico global que está mais enfraquecido, em queda por onda generalizada de inflação seguida pela alta de juros em todos os continentes.

Para a economista e professora do Insper, Juliana Inhasz o cenário global atual reforça a desaceleração do crescimento brasileiro. “Economias centrais, como os Estados Unidos e a Europa, estão flertando com uma recessão. Há a economia chinesa também desacelerando", afirma a especialista. “Então o cenário internacional também não favorece e reforça a perspectiva de um crescimento mais baixo para o Brasil", finaliza.