Economista defende a unificação de programas sociais

Ricardo Barros afirma que ‘Brasil tem condições de zerar a pobreza’

Por Da Redação
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Economista defende a unificação de programas sociais

Foto: Reprodução

O economista Ricardo Paes de Barros, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que a unificação de benefícios como abono salarial, seguro-desemprego, Bolsa Família e salário família poderia abrir caminho a um programa social que transfira R$ 100 bilhões a R$ 120 bilhões à população mais vulnerável. “O Brasil tem condições de zerar a pobreza”, destacou. 

Segundo Barros, além de um programa que garanta uma renda mínima às camadas mais vulneráveis, é preciso realizar uma inclusão produtiva para que o trabalhador incremente sua renda e alcance autonomia.

O economista destaca as reformulações necessárias nos programas sociais em virtude da realidade enfrentada pelos brasileiros. “Tem um aspecto que talvez todo mundo concorde, a gente tem de aproveitar o momento para unificar todos os programas. Ao longo das últimas décadas, criamos uma potente rede de proteção social. Se juntarmos tudo, Bolsa Família, abono salarial, salário família e seguro-desemprego, entre outros programinhas, chegamos a mais de R$ 100 bilhões por ano. Quem tem R$ 100 bilhões, dá para fazer uma rede de proteção social bastante significativa, se tentarmos fazer isso de maneira focalizada. Ou seja, chegar prioritariamente com mais recursos para quem mais precisa”, pontuou. 

“Tem de ajustar a legislação de tal maneira que esse cara se torne visível, protegido. Ele é incentivado a trabalhar e não com desestímulo, cobrando impostos igual cobramos hoje contribuição previdenciária daquele trabalhador que ganha um salário mínimo. A ideia é: vamos juntar tudo que temos, o grau de proteção fica mais visível, simplifica as regras do jogo e cria incentivos para ele buscar autonomia financeira. Esse é o futuro”, afirmou.

Barros destaca o impacto deste novo programa na pobreza e na extrema pobreza em meio a um cenário de crise mundial onde novas famílias devem sofrer com a recessão. “Vai depender muito de qual é o programa. O Brasil tem condições de praticamente zerar a pobreza e a extrema pobreza. Não é muito difícil para o Brasil não ter nenhuma pessoa com renda abaixo de R$ 200. Do ponto de vista fiscal, do que a gente gasta hoje, isso é possível. Envolve um conhecimento de quem é mais pobre e de quem é menos pobre, identificar exatamente quem está com uma renda muito abaixo de R$ 200 e transferir uma quantidade de renda significativa para essas pessoas. É uma questão de a gente se organizar e conseguir ter a informação necessária de quem são essas pessoas. Obviamente tem pessoas que vão perder para aquelas que mais precisam ganhar”, disse.

 

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