Eduardo Bolsonaro chama denúncia da PGR de “fajuta” e classifica o procurador como "lacaio de Moraes"
Denúncia aponta que Eduardo e blogueiro Paulo Figueiredo articularam ameaças para pressionar o STF em processos que envolviam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o blogueiro Paulo Figueiredo classificaram a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) como “fajuta”. Em nota conjunta, chamaram o procurador-geral da República, Paulo Gonet, de “lacaio” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A denúncia aponta que Eduardo e Figueiredo articularam ameaças de sanções internacionais para pressionar o STF em processos que envolviam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o próprio blogueiro. Segundo Gonet, os acusados buscavam constranger os ministros e induzir a sociedade a acreditar que eventuais medidas dos Estados Unidos contra o Brasil seriam resultado direto das decisões da Corte.
De acordo com o Código Penal, coação no curso do processo é crime punido com reclusão de 1 a 4 anos e multa. A PGR também pediu a reparação dos danos decorrentes das condutas atribuídas aos dois.
Na nota de resposta, Eduardo e Figueiredo defenderam uma “anistia ampla, geral e irrestrita” como saída para a atual crise política. Eles também comentaram as sanções impostas pelo governo norte-americano contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, e a empresa LEX – Instituto de Estudos Jurídicos. As medidas foram “recebidas com gratidão” pelos denunciados.
Leia na íntegra
"Recebemos com gratidão a notícia das medidas adotadas hoje pelos Estados Unidos. Elas reforçam o compromisso do presidente Trump, do Secretário Rubio e do Secretário Bessent com a liberdade, e avançam a estratégia de ampliar os efeitos das sanções Magnitsky sobre a rede de apoio de Alexandre de Moraes.
Seguiremos atuando e advogando, junto a parceiros internacionais, para que outros apoiadores que facilitaram ou se beneficiaram de condutas sancionadas sejam gradualmente incluídos. O cancelamento de vistos de oficiais do governo brasileiro, do TSE e do Judiciário é um aviso inequívoco: ninguém será poupado — não importa o escalão ou se estavam apenas “cumprindo ordens” — se persistirem em práticas que afrontam o Estado de Direito.
As ameaças de Alexandre, feitas por meio da imprensa, de encarcerar adversários políticos caso as sanções não cessassem, não tiveram qualquer efeito. Pelo contrário: só reforçaram a convicção de que estamos lidando com terroristas. E a América nunca negocia com terroristas.
Esqueçam acordos obscuros ou intimidações que usaram por anos, porque não funcionam conosco — isto vale para mais esta denúncia fajuta dos lacaios do Alexandre na PGR. O recado dado hoje é claro: o único caminho sustentável para o Brasil é uma anistia ampla, geral e irrestrita, que ponha fim ao impasse político e permita a restauração da normalidade democrática e institucional.
Eduardo Bolsonaro
Paulo Figueiredo"