Educação, Ciência, Saúde e Defesa são as áreas mais afetadas pelo bloqueio no orçamento 2022, revela IFI
Quando somadas, o congelamento de verbas nas quatro pastas chega a R$ 6,4 bilhões

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Os ministérios da Educação, da Ciência e Tecnologia, da Saúde e da Defesa sofreram os maiores impactos com o bloqueio de R$ 8,2 bilhões determinado pelo governo no orçamento de 2022, como mostra um levantamento realizado pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado que acompanha as contas públicas.
Quando somadas, o congelamento de verbas nas quatro pastas chega a R$ 6,4 bilhões, cerca 78% do bloqueio total previsto no decreto publicado na última segunda-feira (30).
O órgão também destaca que foram bloqueados R$ 888,3 milhões nas emendas de relator, conhecidas como "orçamento secreto". Essa quantia corresponde a 10,8% do total congelado pelo decreto.
Confira o detalhamento dos ministérios afetados pela restrição orçamentária, segundo a Instituição Fiscal Independente:
Educação: R$ 2 bilhões
Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 1,8 bilhões
Saúde: R$ 1,6 bilhões
Defesa: R$ 1 bilhão
Infraestrutura: R$ 455 milhões
Agricultura: R$ 277 milhões
Cidadania: R$ 257 milhões
Relações Exteriores: R$ 187 milhões
Comunicações: R$ 142 milhões
Justiça e Segurança Pública: R$ 141 milhões
Minas e Energia: R$ 58 milhões
Turismo: R$ 55 milhões
Mulher, Família e Direitos Humanos: R$ 23 milhões
Além disso, também foram bloqueados R$ 35 milhões no orçamento da Presidência da República e outros R$ 29 milhões no do Banco Central.
Dois ministérios, no entanto, registraram acréscimo de verba. O Ministério do Desenvolvimento Regional recebeu, através do decreto, mais R$ 657 milhões para complementar o orçamento do órgão em 2022. Já o Ministério do Trabalho verificou uma elevação de recursos de R$ 331 mil.
A medida que estabeleceu o bloqueio foi publicado no "Diário Oficial da União", porém o Ministério da Economia não divulgou um detalhamento do bloqueio por pasta. O objetivo do congelamento, divulgado por meio do Relatório de Receitas e Despesas do Orçamento de 2022, é cumprir a regra do teto de gastos.