“Ele persiste com crises de soluços, mais intensas quando se exalta ou fala muito”, diz médico sobre saúde de Bolsonaro
Pessoas próximas descreveram o quadro de saúde do ex-presidente como frágil

Foto: Isac Nóbrega/PR/ Palácio do Planalto/Flickr
O médico Cláudio Birolini disse ao GLOBO que as crises de soluços de Bolsonaro continuam e ficam mais intensas quando ele se exalta ou fala muito. Ele acompanha o presidente desde a última cirurgia abdominal realizada em abril deste ano.
“Ele persiste com crises de soluços, mais intensas quando se exalta ou fala muito. O vômito ocorre de forma reflexa quando as crises ficam muito fortes, e auxilia na interrupção dos soluços. Estamos insistindo em tratamento medicamentoso para controle e profilaxia dessas crises. Não tem uma causa definida”, disse.
A família do ex-presidente chegou a cogitar, na segunda-feira (29), uma internação após quatro episódios intensos de vômitos. O médico passou a noite na residência em Brasília, onde Bolsonaro cumpre desde agosto a prisão domiciliar, mas descartou a necessidade imediata de hospitalização.
Nesta semana, ex-presidente ficou debilitado de acordo com relatos de aliados. Pessoas próximas ainda descreveram o quadro de saúde como frágil, com ele abatido e com momentos de silêncio.
Apesar da atual situação, Bolsonaro tem recebido visitas de aliados. Somente nesta semana, o governador de São Paulo Tarcísio Freitas (Republicanos), a deputada Caroline De Toni ( PL-SC) e o senador Esperidião Amin (PP-SC) o visitaram na residência localizada no bairro Jardim Botânico, na capital do Brasil. O senador Magno Malta ( PL-ES) e o deputado Delegado Caveira (PL-PA) também passaram pela casa.
Sob justificativa de serem encontros de caráter pessoal e político para atender necessidade de “diálogo pessoal com o Peticionante”, os advogados de defesa protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de autorização para que Bolsonaro receba visitas de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL; o deputado Sóstenes Cavalcante, líder do partido na Câmara; o senador Márcio Bittar (PL-AC); e o vereador do Recife Gilson Machado Neto, filho do ex-ministro do Turismo. O ministro Alexandre de Moraes decidirá sobre a solicitação.