"Ele precisa do diagnóstico imediato", diz médica infectologista sobre o coronavírus, na CPI
Para Luana, faltou pactuar as decisões sobre o combate à pandemia com todas as esferas de governo

Foto: Reprodução/Agência Senado
Durante o depoimento na CPI da Covid, a médica infectologista Luana Araújo, que ocupou por dez dias o cargo de secretária de enfrentamento da covid-19 no Ministério da Saúde, apontou que o diagnóstico precoce dos pacientes com suspeita do doença é a principal urgência no combate à pandemia. "Existe uma dificuldade das pessoas compreenderem a diferença entre a abordagem precoce de um paciente e o tratamento precoce. Um paciente com suspeita de covid precisa se abordado precocemente. Ele precisa ser abordado precocemente, ter acesso ao diagnóstico imediato. E a gente sabe que existe uma dificuldade sobre isso. Ele do diagnóstico imediato, ser educado sobre as medidas de isolamento social, quanto à evolução da doença e precisa ser monitorado, principalmente, contra uma situação que é a queda da saturação nos níveis de oxigênio do sangue da pessoa sem que ela perceba ".
Questionada pelo senador Luiz Carlos Heinze se acreditava no tratamento precoce, Luana disse que acredita em tratamento precoce que funcione, porém segundo ela, não existe nenhum.
Luana também pontuou que faltou pactuar as decisões sobre o combate à pandemia com todas as esferas de governo. "Eu acho que essa é uma das razões pelas quais o ministro Queiroga insistiu tanto na criação dessa secretaria, que tem por objetivo fazer essa coordenação, promover uma melhor coordenação nesse momento".
Afirmando o perfil do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a infectologista, disse que é preciso "deixar de ser uma gestão reativa e passar ser uma gestão proativa, antecipando que a gente possa ter. Essas áreas são áreas fundamentais para que a gente tenha sucesso daqui para frente".
Durante o depoimento Luana disse que as funções sobre fármacos que não têm comprovação científica na resposta à covid-19 são uma coisa "delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente". "Essa é uma discussão delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente. Quando eu disse que há um ano atrás nós estamos acomodados na vanguarda da estupidez mundial, eu, infelizmente, ainda mantenho isso, nós ainda estamos aqui discutindo uma coisa que não tem cabimento. É como se a gente estava posicionada de que lado da borda da terra plana a gente vai pular".